domingo, 24 de outubro de 2010

Compartilhar



Compartilhar é estar cheio de amor.

É preciso haver uma grande conexão com o todo para que você compartilhe o que está escorregando de suas mãos. E o amor é único elemento alquímico que escorrega e pinga. O amor sai pelo ladrão. É impossível guardá-lo. E quando você está cheio dele, não importa o que você esteja disposto a dar, nem se é dinheiro ou um sorriso; o que importa é compartilhar. Nesse momento o seu compartilhar é divino e luminoso. Corre para os lados, corre para o chão, para uma planta, para um animal, uma criança, uma nuvem... Não importa para onde seu compartilhar vá; ele o deixa mais leve, mais livre e mais radiante. Essa é a verdadeira oração. A caridade em nada se assemelha a essa tal liberdade. 

Quando você compartilha existe aí, um ato de tamanha compaixão que não pode ser negado. Conter a música que brota do seu interior seria uma miséria, quase uma morte. Segurar o seu compartilhar é o mesmo que reter o fluxo de leite que deve alimentar o filho. Conter o próprio compartilhar é como um crime silencioso.

Não importa para quem você dê. Deus está chegando e você precisa deixar seu líquido precioso correr por aí. O compartilhar é como se tornar uma árvore, doadora da sombra fresca. Ou como um fruto, doador do sabor que nutre a vida. A compaixão tem algo extremamente belo, espontâneo e fresco. E quando ela vier, divida a sua canção; dance sozinho se não houver ninguém por perto. Permita que Deus transborde de você sempre que sentir que a compaixão está vindo.

É uma bela maneira de deixar a vida lhe trazer mais...

Vivian Weyrich

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